PROJETO

Cartografias da violência na Amazônia

CARTOGRAFIAS DA VIOLÊNCIA NA AMAZÔNIA

Nossa preocupação empírica está pautada na compreensão das atividades multiescalares que através de suas geometrias do poder produzem a violência como resultado das disputas territoriais das mais variadas formas possíveis. Pois, além dos conflitos de ordens políticas, econômicas, culturais e ambientais que atingem a sociedade amazônica, temos também, as atividades consideradas ilícitas pelo ordenamento jurídico do Estado como o tráfico de drogas, o tráfico de pessoas e a exploração sexual. São atividades que estão relacionadas ao crime organizado, portanto, sendo considerados crimes transfronteiriços. E na fronteira amazônica se institui relações de poder que passam a compor esse espaço geográfico historicamente recheado de conflitos tão característicos da região. Os estudos que têm como objeto de investigação as fronteiras e a sua relação com a questão da soberania nacional buscam sempre dar ênfase ao que se define como “ameaças transfronteiriças”. Trata-se de um conjunto de atividades ou ações que são consideradas pelo Estado uma ameaça à integridade territorial do país e causadoras de desordens e ilicitude. São consideradas ameaças transfronteiriças: o tráfico de drogas e armas, a lavagem de dinheiro, o contrabando, os movimentos separatistas e o terrorismo internacional. Acrescentamos também, o tráfico de pessoas e de órgãos que também estabelecem relações transfronteiriças. O Objetivo da pesquisa é realizar de levantamento de dados, cruzamentos e analises acerca das ilegalidades, criminalidade e segurança pública na Amazônia com o debate socioambiental. As atividades como o tráfico internacional de pessoas e exploração sexual movimenta grandes transações financeiras e alimenta outros circuitos como, por exemplo, o contrabando e a lavagem de dinheiro, bem como, o tráfico de drogas.  Essas atividades hoje movimentam bilhões de dólares no mercado global e envolvem um conjunto de atores sociais que vão do baixo ao mais alto escalão dos Estados o que significa dizer que há uma institucionalização desse processo o que torna mais difícil o seu enfrentamento.  

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