No dia 20 de novembro comemora-se o dia Nacional da Consciência Negra que tem como objetivo reafirmar a importância da cultura africana na formação da sociedade brasileira. Sabemos que a data em questão não é apenas para reafirmar a identidade ancestral, ela é importante também para fortalecer a luta antirracista, sobre tudo, aquela que diz a respeito às estruturas sociais e institucionais que mergulham grande parte da população negra na marginalidade, na precariedade, na exclusão social, na miséria, e por fim, no cárcere.
Durante muito tempo foi negado à população negra o direito a educação, a moradia e a terra, todavia a força do movimento negro que a mais de 50 anos luta pela inclusão racial, possibilitou as articulações que construíram as politicas de ações afirmativas a exemplo da politica de cotas das universidades.
Muitos desafios ainda estão presentes no Brasil e assolam principalmente a população afrodescendente que ainda está a enfrente a violência racial cotidiana bem como as injustiças e violação de direitos humanos que atingem principalmente a juventude colocando em cheque o próprio conceito de democracia no Brasil.
O VI seminário Viva palmares organizado pelo núcleo de estudos Afrobrasileiros em parceria com o Instituto Mãe Crioula e tendo apoio da UEPA, vem justamente trazer importantes reflexões a cerca do debate sobre democracia e racismo, ou seja, questões que pelos dados estatísticos parecem não caminhar juntos.