Nos últimos anos a Amazônia vem se firmando como importante entreposto comercial de atividades ilícitas controladas pelas organizações criminosas. Nesse sentido, o estado do Pará tornou-se central para as dinâmicas criminais do narcotráfico, contrabando de madeira, garimpo ilegal, contrabando de minérios (manganês e cassiterita), dentre outros. Porém, o narcotráfico apresenta-se enquanto o grande âmago dos conflitos socioterritoriais e ecológicos, que impactam a natureza e ameaçam os seus povos. Contudo, este fato, contribuiu para a interiorização das facções criminosas na Amazônia, que vem reproduzido suas lógicas de organização, e impondo violações de direitos territoriais, pois há uma conexão dessas facções que envolvem a relação campo-cidade e rural-urbano, tornando mais complexa esta compreensão. Assim, o objetivo geral dessa proposta é analisar a dinâmica das facções criminosas nas relações campo-cidade (urbano e rural) e suas implicações sob os povos indígenas, povos remanescentes quilombolas, comunidades ribeirinhas e camponesas na Amazônia Paraense. O princípio defendido nesta proposta é pela criação de uma rede de proteção e acesso à justiça com base na garantia dos direitos humanos e defesa da vida. Nossa metodologia de trabalho será pautada com base em trabalho de campo nas comunidades estudadas, observação sistemática, entrevistas, registros fotográficos. Por fim, como resultado busca-se principalmente qualificar as lideranças comunitárias para o uso das ferramentas tecnológicas e mapeamento colaborativo, bem como, a criação de banco de dados estatísticos para georreferenciamento, sistematização desses dados e elaboração de gráficos, tabelas e mapas, para compor o relatório final da pesquisa.
Situação: em andamento.